Eu não sou daqui...
Realmente, devo confessar, não sou deste mundo
Em que ora habito, por mero acaso, por descuido,
Mundo que um dia foi lindo, hoje mundo imundo,
Ora desprovido de belezas, sem ter quem dele cuide.
Como viver em um mundo em que grassa a fome,
Lado à opulência dos que comem lagosta e caviar,
Com dinheiro roubado deste povo sofrido e consome
Seus recursos subtraídos, até não mais se fartar.
Mundo em que estes poucos, indiferentes à sorte
De tantos, mentem, roubam, trapaceiam e, sorrindo,
Escamoteiam seus propósitos vis, lança-os à morte,
E aqueles se mantém indiferentes, julgando infindos.
Mundo em que destroem, indiferentes, todas as belezas
Naturais, exterminam animais, em nome do progresso,
Mesmo sabendo que seus filhos pagarão, com certeza,
O alto custo dos desmandos cometidos neste processo.
Sei que em um dia, a Mãe Natureza vingará, por certo,
Todas atrocidades contra ela cometidas, por tantos anos.
E vomitará em nossos rostos, neste momento incerto,
Também indiferente a cada um de nós, a nossos planos.
Por isto, hoje, a aguardar este momento vaticinado,
Recolho-me em meu canto, indiferente à humanidade,
Pois não pertenço a este mundo em que hei habitado,
Em que vi campear a mentira, quase nada de verdade.
Realmente, devo confessar, não sou deste mundo
Em que ora habito, por mero acaso, por descuido,
Mundo que um dia foi lindo, hoje mundo imundo,
Ora desprovido de belezas, sem ter quem dele cuide.
Como viver em um mundo em que grassa a fome,
Lado à opulência dos que comem lagosta e caviar,
Com dinheiro roubado deste povo sofrido e consome
Seus recursos subtraídos, até não mais se fartar.
Mundo em que estes poucos, indiferentes à sorte
De tantos, mentem, roubam, trapaceiam e, sorrindo,
Escamoteiam seus propósitos vis, lança-os à morte,
E aqueles se mantém indiferentes, julgando infindos.
Mundo em que destroem, indiferentes, todas as belezas
Naturais, exterminam animais, em nome do progresso,
Mesmo sabendo que seus filhos pagarão, com certeza,
O alto custo dos desmandos cometidos neste processo.
Sei que em um dia, a Mãe Natureza vingará, por certo,
Todas atrocidades contra ela cometidas, por tantos anos.
E vomitará em nossos rostos, neste momento incerto,
Também indiferente a cada um de nós, a nossos planos.
Por isto, hoje, a aguardar este momento vaticinado,
Recolho-me em meu canto, indiferente à humanidade,
Pois não pertenço a este mundo em que hei habitado,
Em que vi campear a mentira, quase nada de verdade.