Levado pelo mar em fúria
Levado pelo mar revolto
Num tsunami sentimental
Esse estampido doloroso que me faz sentir mal
Acordado num dia em que preferia ter dormido
O protagonista deveria, escondido, estar protegido
Quando até o silêncio cria cicatrizes
São necessários novos atores
E convenientes outras atrizes
Quando até o prazer traz dores
São dias sombrios, captados em preto-e-branco
Por alguém com frio fugindo manco...
Que pula sobre precipícios
Como se fossem bancos
Espaços por entre edifícios
Que corre como quem não quer voltar
E poderá para sempre se perder, por não saber onde ficar