MIL E UMA VONTADES VIVAS
Porque ela
me quer assim
Sem que possa
Proteger
O que sobe
Lá em cima quer ficar
Ar de temperatura
Elevada
Descobre cavernas
Labirintos
Não posso ver
Vou ver
Apenas o que sai
Iluminado
Lá em cima
Me deixa só
Deixa só
Esquecido
Fraquejado
Esforço
Pede que não volte
Não saia
Se sair
Deixe-a deitada
Bebendo cálices
Do meu vinho
Embebida
Corpo inteiro
Vontade de sorver
Destas gotas
Cristais musicais
Vão jogando pegadas
Que eu siga
De novo até em cima
Quero esta grama
Arrancar delirar
Enquanto ele
Quer descer
Me fazer suplicar
Até que não possa
Aguentar
Vou descer
Escalar descida
Comovida
Me paro oásis
Entre um galho
Florido
Mal posso esperar
Pra brincar
Sobre perigo
D’ele não suportar
minha queda
Ainda de bruços
Trago junto a mim ao chão
Como corpo dele
Quando derrubo
cubro de paixão.