UM AMIGO DO PEITO...
Ouvi um dia meu coração num sussurro suplicante,
Dizer-me cansado de bater monótono e sem fulgor,
Sussurrante, explicou-me, que em nenhum instante,
Nunca se negou a bater por mim na alegria e na dor!
Suplicava de que eu, nele, nunca pensava o bastante,
Que vivia só, sem carinho, sem afeto, emoção e calor,
E sonhava, ele, bater tão forte, disparar, e ser vibrante,
Pois jamais havia sentido o prazer de um grande amor!
Queria ação, vibração, paixão, louca paixão alucinante,
Sentir que a vida é bela e divina e me pediu sem pudor,
Deixe-me sentir um coração junto ao meu bater arfante,
Pois, sem afeto, nossas vidas, assim, jamais, terá sabor!...
Fim.