Tempos imemoriais
Em tempos imemoriais, teu nome falei ao vento,
Tempos de sonhos, de amor .
E tua lembrança preenchia minhas noites vazias.
Eras tão linda, eras tão pura.
Silêncios eram dominados por tua presença, tão linda, tão nua e eu, solitário cavaleiro errante em teus braços encontrava a paz, encontrava a calma.
Cintilava teu rosto em manto azul e as estrelas ornavam-lhe a fonte.
E tudo ao redor se transformava em noites tão calmas, em noites tão lindas, noites tão minhas.
Rendas e véus adornavam teu corpo tão solto; flutuavas sobre nuvens e meus sonhos.
Compunham canções de um amor desesperado e único.
Foi um tempo de flores e rosas, pétalas lhe caíam dos olhos e meus caminhos eram tempos de sonhos, tempos de paz.
Suave lua enfeitava trilhas e caminhos tão nossos, suaves sonhos, imemoriais tempos.
Então, fria noite escura cobriu de tristeza e dor meu peito , sangrante ferida fez-se e meus olhos adormeceram , levando com eles o brilho e a luz de noites distantes, tão lindas, tão puras, tão nossas, tão nuas.