HOMEM DO MEU TEMPO...

Sou pessoa

numa sociedade impessoal;

que não sabe refletir nem sentir.

Tudo oco, ilusório, superficial!

Sou pessoa

desamparada e solta numa multidão;

sou número, cifra e estatística…

E um vazio existencial!

Sou pessoa

não aceito ser um lógico-utilitário;

não quero este cotidiano alucinado.

Contra o tédio sorvo um gole providencial!

Sou pessoa

tenho fome do sublime, do digno e da magia;

tenho sede do sutil e do deslumbramento.

Careço de um silêncio confidencial!

Sou pessoa

vivo na busca de um tom confessional;

quero as janelas escancaradas, mãos dadas…

Quero apenas o que na vida for essencial!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 12/01/2014
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