A Viagem

Quando eu viajar para o desconhecido,

o mais depressa eu pretendo ser esquecido,

Nada de choro, que não falte a alegria,

já bastará a tristeza da missa de sétimo dia

Dos amigos de verdade quero muitas orações,

me guardem para sempre dentro de seus corações.

Na hora do sepultamento, poupem as choradeiras,

na fase derradeira joguem terra bem devagar.

De material barato, fica frágil o paletó de madeira

onde meu corpo encerra, pode não suportar.

Mais um pedido sensato, evitem causar ruídos

quando for jogar a terra, para não me despertar.

E para que eu tenha, toda a felicidade enfim,

ao fechar a tampa, retire de meu rosto o véu.

Apenas ficará faltando, o som de um bandolim,

harmoniosamente solando "Um Pedacinho do Céu!..."

Fim

'.

Filêto
Enviado por Filêto em 11/01/2014
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