[Perplexidade]
[Para alguém de outro tempo]
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Essa tua fotografia
me viaja longamente...
Tens a graça,
a beleza da flor
que mal se abriu
na madrugada...
Vejo-te... és bela,
és promessa de amor,
um amor tenro, pleno,
que nunca será meu!
Olho as minhas mãos,
e paro... tenho nos olhos
cansados a falsa sensação
de um tempo estacionado
nessa muda contemplação
da tua fotografia sensual!
Amanhece... vem o dia,
e é cedo, muito cedo
para eu pensar em morte;
quedo-me na perplexidade
do inconformado da sorte:
és apenas uma fotografia... e só!
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[Ilhabela, 02 de janeiro de 2014 - às 06:36]