[Escrevendo-me... outra vez!]
Tantas poéticas... poéticas tantas!
Elas apenas me conduzem
para um tempo que não é mais,
apontam cruelmente para a danação
de não ler, na minha própria carne,
o Presente, o que está à minha mão
por fazer, por viver... agora!
Eu sinto por que escrevo... Será?
Não... Mentira, mentira!
Eu escrevo por que sinto;
e não sei fazer ficção;
recriação sim, por que esta é o jogo,
a arte de apalavrar emoções.
Eu escrevo, acima de tudo,
por que eu vivi, e vivo o que eu escrevo!
Se assim, não fosse,
como eu poderia ajustar contas
com a dor, com a perda?
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[Desterro, 10 de janeiro de 2014 - às 19:38]