[Escrevendo-me... outra vez!]

Tantas poéticas... poéticas tantas!

Elas apenas me conduzem

para um tempo que não é mais,

apontam cruelmente para a danação

de não ler, na minha própria carne,

o Presente, o que está à minha mão

por fazer, por viver... agora!

Eu sinto por que escrevo... Será?

Não... Mentira, mentira!

Eu escrevo por que sinto;

e não sei fazer ficção;

recriação sim, por que esta é o jogo,

a arte de apalavrar emoções.

Eu escrevo, acima de tudo,

por que eu vivi, e vivo o que eu escrevo!

Se assim, não fosse,

como eu poderia ajustar contas

com a dor, com a perda?

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[Desterro, 10 de janeiro de 2014 - às 19:38]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 10/01/2014
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