Diplomacia
Diplomacia, plumas macias
Sando da boca do certo
Sua voz, em canto
Contando com uma recepção
De afagos e encantos
O vento sufoca
Quem fica de fora
A Diplomacia, ameaça sorridente
As palavras da negação
A dúvida que se sente
Ao saber que pra tudo
O discurso é o de sempre
E o sorriso é lei na pedra
E o meio termo vence
Ao não ofender, por dizer
A dor é diminuída e convence
Quem quer que palavras
Descrevam as sensações
Dos desejos, das opiniões
Pertinentes também ao corpo
E sempre com cautela
Dialogam homens de boa fé
Nas sapientes narrativas
No meio termo dos verbos
Escondem-se as expectativas
Injetadas nos desvios
Nas visões embaçadas
E o futuro é decidido
Com um copo de álcool na mão
E um livro de suporte
A razão do valor perdido