POEMA RELIGIOSO

Neste mundo!

Menos vale o justo,

E honestidade é praticada, às escuras,

Tamanha a agressividade do ato.

Os homens louvam seus deuses;

E sempre amanhecem bêbados,

Uns com suas putas,

Tantas putas,

Uns tantas horas de aleluias,

No ritmo até doentio,

Uns como, chefes religiosos, contando dinheiro,

Contando fieis,

E nunca cristão.

Triste crença que nunca entendo!

Como se banalizou a moral,

Vendo-se o que não se faz,

Vende-se o que não se prega!

Vende-se o que não se tem,

Vende-se o legítimo por tão falso!

Ver...

Ver...

Ver!

Eu beba,

Eu sou luxuria,

Eu tenho tanto pecado que me tornei poeta,

Eu caiu,

Eu rolo,

Eu me melo e me limpo,

Eu frevo,

Eu Recife,

Eu Salgadinho puto e político!

Eu caduco e ranzinza

E quantas vezes eu disse, sim querendo dizer não!

Ver... Eu!

Ver...

Eu!

Não deixo que esses templos me toquem!

Vala-me Deus,

Eu sou poeta, não pateta!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 10/01/2014
Código do texto: T4643523
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.