POEMA RELIGIOSO
Neste mundo!
Menos vale o justo,
E honestidade é praticada, às escuras,
Tamanha a agressividade do ato.
Os homens louvam seus deuses;
E sempre amanhecem bêbados,
Uns com suas putas,
Tantas putas,
Uns tantas horas de aleluias,
No ritmo até doentio,
Uns como, chefes religiosos, contando dinheiro,
Contando fieis,
E nunca cristão.
Triste crença que nunca entendo!
Como se banalizou a moral,
Vendo-se o que não se faz,
Vende-se o que não se prega!
Vende-se o que não se tem,
Vende-se o legítimo por tão falso!
Ver...
Ver...
Ver!
Eu beba,
Eu sou luxuria,
Eu tenho tanto pecado que me tornei poeta,
Eu caiu,
Eu rolo,
Eu me melo e me limpo,
Eu frevo,
Eu Recife,
Eu Salgadinho puto e político!
Eu caduco e ranzinza
E quantas vezes eu disse, sim querendo dizer não!
Ver... Eu!
Ver...
Eu!
Não deixo que esses templos me toquem!
Vala-me Deus,
Eu sou poeta, não pateta!