sopro
um sopro passeia discreto na pele
visitando todos os poros que encontra;
vai e volta cheio de mesuras e segredos
com o peso de muitos lugares e tempos.
aquele sopro em leveza entendeu
o vazio e a tristeza,
mas se despediu em negação
da magnitude da solidão...
de qualquer forma, quando chegou aquela hora
ricocheteou pelas paredes todo cheio de alento
e depois, com o vento, foi embora sem medo.