UM ROSTO DE DESESPERO!

Mora nas ruas da podridão

Come dos sujos caixotes de lixo

Abraça apenas a vil solidão

Envolto num manto de escuridão

Que até lhe chamam de trapo...de bicho!

Dizem que é pobre e nojento

Que culpa ele tem em ser assim?

É o seu destino, é o seu tormento

Que não tem mais luz, nem tem firmamento

E aguarda somente que chegue o seu fim!

Os bancos à beira da velhinha estrada

Servem-lhe de cama para ele dormir

É neles que espera pela madrugada

E embala seus sonhos, envoltos no nada

Olhando uma estrela, no céu, a luzir!

Foi Deus que escolheu esse triste fado

Creiamos ao menos, que haja alguém que faz

Com que se veja um sorriso em seu rosto gravado

Porque o seu semblante de tão desesperado

Quase não permite…que ele volte atrás!

E os dias bem tristes, ele vai passando

Porquanto, faminto, à chuva, ao frio ou calor

E tu, que por ele passas, de quando, em quando

Só o vês de olhar em pranto, implorando

A mais que não seja…por um pouco de amor!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 09/01/2014
Código do texto: T4643203
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