Naipes Baixos!
Cartas embaralhadas, desembaraços, vazas,
Fugas extensas para acordes provincianos,
Deita a grama com a força do vendaval,
Estiagem de desejos, prazeres em conservas,
Mal a roupa ajambradas, janelas postiças,
Boca seleta para frases mal acolhidas,
Ah! Como me ardem os olhos tão cansados...
O mal que se avista na pele sempre fria,
Agulhas espetam o cérebro tão pontiagudas,
Ah! Como me ardem as faces na lágrima convulsa,
A ponta trêmula do lábio não terá o beijo,
Noite ou dia, apenas os sopros da solidão,
Na vontade de tudo parar, parando quase tudo,
Abriu a porta & saiu, mal olhou para trás,
O ar trafega com a fumaça do cigarro,
Mais um café, olhando as gotas da chuva!
Peixão89