DIÁSTOLE E SÍSTOLE DO AMOR

Em sístole se esparrama a emoção,

Nesse peito que há muito quer amar;

No desejo se debruça a canção,

Se espraiando tal rio, rumando ao mar.

Descortina na mais pura explosão,

Visão noturna de estrela e luar;

No ritmo dos átrios, que em união,

Conjugam, fielmente o verbo amar.

Se não tem fidelidade no amor,

Turva-se a água, embaça o bem querer;

O frio chega, expulsando o calor;

E os olhos veem tudo acontecer:

A maré secando e o sopro falhando;

E em diástole, um mundo se fechando!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 09/01/2014
Reeditado em 17/05/2021
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