DIÁSTOLE E SÍSTOLE DO AMOR
Em sístole se esparrama a emoção,
Nesse peito que há muito quer amar;
No desejo se debruça a canção,
Se espraiando tal rio, rumando ao mar.
Descortina na mais pura explosão,
Visão noturna de estrela e luar;
No ritmo dos átrios, que em união,
Conjugam, fielmente o verbo amar.
Se não tem fidelidade no amor,
Turva-se a água, embaça o bem querer;
O frio chega, expulsando o calor;
E os olhos veem tudo acontecer:
A maré secando e o sopro falhando;
E em diástole, um mundo se fechando!