impermanência

deixar fluir o sorriso

aberto, largo, puro

deixar fluir...

pois todo sorriso pára

se eterniza, se avoluma

íngreme e suave

nas paredes

e nos alicerces da eternidade

sorrir sorrisos

rir o riso

riscando suavemente

na pele do tempo

deixando cicatrizes

sorrir

sorrisos

na dança

da impermanência

que se enraiza

por entre os voos

perante o crivo

perante o testemunho

dos terrenos

onde o sêmem do belo

se aloja latente

se potencializa

se fecunda

por entre os poros substanciais

da alma de um poema

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 09/01/2014
Código do texto: T4642275
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