LUZES DE SETEMBRO

Quando suspeito que sou lindo,
te lembro.
Quando sei que de tudo prescindo,
te esqueço.
E chega setembro.
Nas angústias do coração vou indo...
Te querer não tem preço.
As tímidas luzes da primavera
me desmentem.
Sobreviveremos ao que era
o inverno.
Os duendes me entendem
e o olhar terno
da fada madrinha
me encoraja:
vá, reinventa a vida divina,
te apropria do que há
de bom na tristeza mesquinha
e colhe a mulher ainda menina.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 08/01/2014
Reeditado em 01/05/2014
Código do texto: T4642110
Classificação de conteúdo: seguro