QUANDO DUAS ALMAS SE ENCONTRAM
(Sócrates Di Lima)


o teu corpo num abraço quente,
Distante daqui,
Pertinho da Lua,
Minha boca cola na tua,
Ai! Que desejo eloquente,
Sinto tua pele na minha num querer ardente.
Como em caricias de Lua,
Sinto teu cheiro de pé de orelha,
Um arrepio na nuca tua,
tua carne treme como centelha,
Em pele nua.
Fogo que queima sem arder,
Labaredas que incendeiam,
Abre-te em flor,
Orvalhada e bela,
No teu bem querer,
Amor...
De sentinela.
Como sino de capela,
Tua alma canta,
Querendo saciar a fome,
Do amor que queima,
Teima,
E consome....
Nossos corpos em cheiro.
De cravo e canela,
Oração de cativeiro,
Minha alma presa na dela.
Tomo teu corpo em regozijo,
Como a lingua que a hóstia recebe,
Devoro-te em choro e riso,
Na volupia santa que se concebe.
Tu em mim...
Água que me cobre inteiro,
Sândalo que evapora de minha pele,
Desejo incontrolável em denso cheiro,
Do amor que evapora que o corpo expele.
E no varal da vida,
O amor que quase enxuga a morte,
Que na tênue sorte,
Se estende no ninho desfalecida.
Tu em mim...
Névoa espessa,
Que dos pés à cabeça,
Devora-me sem pudor e sem fim.
E assim,
Em cânticos do amor prometido,
Definido,
Nas promessas da vida,
Toma todos os sentidos.
Toma todos os cantos,
Com todos os encantos,
Incontidos,
Perdida,
Tu em mim,  eu em ti,
Amor sem promessas,
Paixões às avessas,
No acaso do destino,
Eu em ti me fascino,
Em chamas...
Nas entranhas que guardam odores
De flores,
Que derramam em  nosso cama,
Quando duas almas se encontram.


APENAS UM POEMA


 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 08/01/2014
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4641790
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