A MÁQUINA DO TEMPO
Vejo a máquina do tempo imperando sobre
Os montes, e as pedras encontram-se desgastadas
E a vegetação está constantemente alterada.
A terra está seca e árida, e
só as plantas mais resistentes conseguem sobreviver.
No ar pairam os corvos a voar inquietos,
Parece um cenário onde a morte espelha
Em cada canto.
Existem buracos feitos pelas cobras,
E os insectos vagueiam pela terra adiante...
O céu está limpo de nuvens,
E o vento sopra levemente
Numa paisagem absolutamente soberana.
A água aqui é escassa,
Por isso tudo vive em condições extremas.
Fico admirar este lugar fascinante,
Mesmo com todos os contra-tempos inerentes ao mesmo.
Fico a pensar e observar o mais pequeno
Detalhe de cada rebento que surge na terra,
E toco nas pedras e as comparo ao desgaste da minha vida.
Tudo está em perfeita harmonia,
Na moldagem feita pelo tempo,
Que é um fator determinante em tudo o que existe.
Esta máquina nunca pára,
E está sempre numa constante evolução e transformação
De tudo o que vejo ao meu redor.
E assim impera a sua lei num mundo
Em urgência vertiginosa,
Na luta de todos os seres vivos,
Que estão entre a vida e a morte.
Ângelo Augusto