Des(encontro)
Um olho o outro não vê
A não ser frente ao espelho
Uma só digital não se repete
Por esse mundo inteiro
As mãos se entrelaçam
Os braços abraçam
As narinas sorvem das rosas o cheiro
As pernas se harmonizam
E os pés as estradas enfrentam
Correm ao longo das praias
Sobem e descem ladeiras
Pisam como Antônio
As brasas na fogueira
Até que chegue a hora da escuridão
Cruzadas sobre o peito
Uma sobre a outra mão