O Lamento do Não Existir

Roubava as escuras de tua sombra,

As memórias que sangravam de teus olhos.

Não me notava mas aos poucos eu roubava tua alegria,

E de esbolço, começara a copiar tua forma.

Sempre desejei a cor que exalavam de teus olhos,

E os sonhos que os pobres que te amavam

Dedicavam a ti,

Talvez se eu tivesse um nome, fosse tão bela quanto ti,

E não vivesse abaixo de teus pés,

Resta-me somente as sobras de luz que não queres,

E o cansaço amargo dos corpos velhos que vais deixando no caminho,

Lavo teus pés com a minha agonia,

Mas a mim, a unica voz que consigo ouvir,

É teu silêncio injusto do meu não existir,

Talvez se existisse não fosse tão triste,

E pudesse olha para trás e ver uma pobre e solitária sombra,

Mas não ficasse triste,

Pois saberia que ela não era eu.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 07/01/2014
Reeditado em 07/01/2014
Código do texto: T4640350
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