Uma tarde na praça
 
Um garotinho me vendo chorar
Veio chegando e me perguntou:
- Porque está chorando?
Me chamando de vovô.
Eu disfarcei que não era nada
Um cisco ou uma desculpa esfarrapada
Mas a criança que não sabe o que é mentira
À descobre com esperteza felina
- Chora não senhor, a vida ainda te reserva coisas boas
Disse como um sábio a simples criança inocente
Nesse instante as lágrimas secaram para sempre
Cada vez que vou chorar me lembro daquelas palavras
Sopradas pelos anjos, em forma de criança, em forma de gente.
 


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