[Amor de segunda]
Aquele,
da segunda-feira,
da segunda hora depois daquela,
da segunda opção [a do desespero?]
da segunda porta da solidão,
ou pior:
da segunda sala do coração...
Um amor assim — sempre pede [até implora]
mais do que está disposto a dar!
Enfim, amor de segunda mão,
não quero: não recebo e não dou!
Amor, só serve se for de primeira;
então, nada, ninguém tem prioridade maior
que a de um amor de primeira mão,
amor tramado e vivido na primeira sala do coração!
[Ah, mas este amor tem passado ao largo de mim!]
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[Ilhabela, 29 de dezembro de 2013]