Maldade poética.
Já fui sombria e perversa e tenebrosa
Na essência de minha criação.
Escrevi frases soltas e poemas em prosa
Explicitando minha hesitação
Em contar-lhe a natureza fúnebre do meu lirismo
Em meus delírios abro um abismo
E conduzo a minha alma à pura dissolução
Agora me quero iludir com um amor qualquer
Para distrair a minha maldade poética
Embora, pouco me importe com ética
Sei ser uma boa mulher!
E sou má apenas em versos, em poemas
Não tenho regras, nem sistemas
Apenas escrevo o que vier!
Há em mim uma tendência misteriosa
Que me leva à negação...
Não me preocupo com moral e estética
Sou apenas um ser em construção