Redes

O vento adentra

Sem pedir

O meu castelo

E o aroma que ele trás

É tão sublime

Que embora

Eu tente

Manter-me de pé

As minhas pernas

Não se mantêm firmes.

Eu fecho os olhos

Inacreditável!

Você me beija

Levemente o rosto

Seu hálito puro

Se espalha no quarto

Da sua boca eu até

Sinto o gosto.

Eu abro os olhos

Que decepção!

O quarto vazio

E as paredes nuas

Joguei há tempos

As recordações

Inclusive

Aquelas fotos suas...

No meu delírio

Grito alto seu nome

E ele ecoa

No concreto

Das paredes

Corro pra fora

E salto da varanda...

Lá vou eu

Cair de novo em suas redes...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 06/01/2014
Código do texto: T4638868
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