O marinheiro

Ela não sabia nadar

Mas enfrentaria as potestades todas do mar

Aos braços de armar velas se entregaria

Sem sequer um instante pensar

E nas águas

Como por milagre flutuaria

Controlando as ventanias

Enganando as procelas

Só para nos olhos daquele marinheiro

E também naquela boca

Para sempre naufragar

Oh, marinheiro, senhor das ondas

Eu quero morrer de amar

Encostada nesse corpo de sol e luar

Ouvindo a voz que os monstros marinhos

Tem o poder de amansar

Marinheiro, eu não sei pedir

Também não sei nadar

Mas me deixe, por favor,

Me deixe morrer no mar