Mordiscando tua orelha


Oh, prazer infindo, indizível,
Quando estás em decúbito, como agora,
E por sobre teu corpo eu me deito,
Sentindo o calor do teu a me acolher.
Sinto a emoção a percorrer cada célula
De meu, de teu corpo cálido e, súbito,
como uma libélula, contida em sua teia
de fios de seda, se libera de si própria
e, em metamorfose, se apresenta
como borboleta a querer voar.
Sensualmente, emoção imensa sentida,
No teu simples gesto de passar a mão,
Posicionando teus cabelos para o lado,
Oferecendo-me tua nuca, pescoço e orelha,
Despudorada, ansiosa, dolente e carente
Dos beijos que neles deposito com paixão.
A cada beijo profundo, sentido, um arrepio
Que se sente percorrer toda tua pele,
Em tua face quando te pões a sorrir
Dissimulada, enquanto murmuro
Em teus ouvidos o quanto te amo,
Ouvindo-te balbuciar o quanto me amas.
Incontidos neste momento de tanto tesão,
Mordiscando tua orelha, suavemente,
Consumimo-nos neste mundo de chamas.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 06/01/2014
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