Meu demônio

Só não quero me transformar

Num pseudo ser humano

Com o coração de pedra

Descrente do amor

Alheio à mulher

E indiferente à dor.

Enquanto isso luto, me rasgo, sangro

Nas mais ridículas batalhas

Tentando me vacinar,

Não me contagiar

Ou apenas conviver

Com a hipocrisia

Exposta em out doors

Fincados nos rostos marotos

Ou cruéis,

Inclusive naquele rosto triste,

Imparcial e cansado

Mostrado no espelho todas as manhãs.

[ e os bêbados do final da tarde

esbanjam e desperdiçam gargalhadas.]

Alexandre Luzhin
Enviado por Alexandre Luzhin em 25/04/2007
Código do texto: T463779