UM POEMA À MÉDIA-LUZ!

Agora, que a tarde se vai, eu faço jus

À noite que vem vindo aqui na aldeia

Acendo como outrora uma candeia

E faço o meu poema à meia-luz!

Entrego pedaços do meu fado, dessa cruz

Que quero esquecer, mas não consigo

E então partilho um pouco, aqui contigo

Desses espinhos, que também carregou Jesus!

É ténue a chama da vela, que ilumina

A mesa na qual escrevo essa tal sina

Mas dá pra perceber o documento

Ainda que as palavras sejam raras

Há uma solidão com que deparas

E um olhar cheio de grande…sofrimento!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 05/01/2014
Código do texto: T4637595
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