Cabeça no travesseiro
Meus momentos de conflito
Cabeça no travesseiro
Mais um dia que reflito
E me perco nos devaneios
Dos pensamentos não quistos
No momento em que escurece
Enquanto uns rogam suas preces
Anjos da noite não me deixam dormir
Seria o passado, como sempre
Escrevendo com pena o futuro,
E rabiscando, seu papel, o presente
Rascunhos do dia, na noite revisão
Na luz a visão é apagada
E clareada quando os olhos fecham
Tudo renasce depois de uma noite de sono
Tudo volta a morrer, quando o dia amanhece
Belo dia que encontrará seu fim
Deitado na cama, ou sentado na mesa
A estrada interessa, quando intercede
O namoro da noite com o dia
Que não deixa lacuna, em nenhuma lembrança
Talvez o excesso de sonhos distantes
Seja o combustível da falta de esperança