obscuridade

entre na cidade enterna

com seu baile faminto

seu gosto de terra

os pés descalsos

e na varanda

cumpra o ritual de saber

da chuva acordada

dos arames rompidos

da jaula consumida

com a mitificação inversa

e dance,

como um buraco negro sambando

a déficil arte de ser

nas pernas a lacidão do corpo

polida dia após dia

com o formão da palavra

do verso cavoucado

dia e noite

na obscuridade

da vida

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 05/01/2014
Código do texto: T4636911
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