RELEVAÇÃO NA BANCADA
Especulava o intimo sagrado interpessoal
Quem diria ser anormal
Onde você possa estar
Tanto tempo longe num crome em resultado
Posso esclarecer um diagnóstico retardado
Vejamos prontos poros abertos calados
Suor de um esforço sentado apertado
Frieza de um corpo esforçado
Pássaros zombeteiros esvoaçavam lerdos
A atmosfera sufocava segredos
Em vão meus olhos buscam o poente
E minha bússola aponta todas as direções
O meu grito é ouvido no meu próprio peito
E a noite desce sorrateira
Já não me lembro do que eu queria lembrar
Sei que preciso resistir ao frio
Me resta embrulhar o pacote presenteador
Falta alfaiate das sedas desconfortáveis
Imploro no remorso do santo agoniado
Manta pra janta de saber perder sabor
Costura de flanela diminui metragem reta
Olho aberto no puro colo alerta
Mede sim senhor
Valorizo arte que envolve corpo
Fossem estrelas esses sinais
Ou uma fogueira em pleno vácuo
Alegrias translúcidas matinais
Setas confusas no caminho ermo
Que esconde risos reticentes
São estradas que insistem desiguais
Mas eu bem sei que há uma tenda
E mesas postas no deserto.