RELEVAÇÃO NA BANCADA

Especulava o intimo sagrado interpessoal

Quem diria ser anormal

Onde você possa estar

Tanto tempo longe num crome em resultado

Posso esclarecer um diagnóstico retardado

Vejamos prontos poros abertos calados

Suor de um esforço sentado apertado

Frieza de um corpo esforçado

Pássaros zombeteiros esvoaçavam lerdos

A atmosfera sufocava segredos

Em vão meus olhos buscam o poente

E minha bússola aponta todas as direções

O meu grito é ouvido no meu próprio peito

E a noite desce sorrateira

Já não me lembro do que eu queria lembrar

Sei que preciso resistir ao frio

Me resta embrulhar o pacote presenteador

Falta alfaiate das sedas desconfortáveis

Imploro no remorso do santo agoniado

Manta pra janta de saber perder sabor

Costura de flanela diminui metragem reta

Olho aberto no puro colo alerta

Mede sim senhor

Valorizo arte que envolve corpo

Fossem estrelas esses sinais

Ou uma fogueira em pleno vácuo

Alegrias translúcidas matinais

Setas confusas no caminho ermo

Que esconde risos reticentes

São estradas que insistem desiguais

Mas eu bem sei que há uma tenda

E mesas postas no deserto.

OSMAR ZIBA e Carlos de Bayma
Enviado por OSMAR ZIBA em 05/01/2014
Código do texto: T4636834
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.