Ela 


Ela  adorava o por do sol,  gostava  de  escrever  os  seus  pensamentos em cada cair de tarde, sentindo tantas coisas que não sabia explicar!! Talvez a angústia de existir.
Ela gostava  de  escrever  sobre  os  seus  anseios .

E  em  cada  sonho  se  colocava  como  uma  pessoa  realizada...
Porém  ela  sabia  sim  da  sua  realidade. Sabia  o  tempo  todo  que  no amor , na sua vida de um modo geral, as mesmices a deprimiam, por isso sonhava! Não podemos  nos derramar, entregar a alma com veemência, pois quando a procuramos, cadê  nós?
O amor era  algo  que  deveria  ficar  guardado   só pra  ela mesmo.

Era um amor intenso aquele, que gostava de ousar e de tanto!  Afogou-se nas nuvens e caiu no meio do mar.


A vontade de transformar  os  textos  e os  sonhos, em nada muda o que sentimos.  Colocar-se  como uma  narradora  das  suas  próprias dores, é  um  ato  de coragem, nem  sempre  o que vivemos  devemos  colocar  no  papel porque rememorar  é abraçar a  saudade é sofrer duas vezes. Retratar as tardes  tristes sem  alegrias  requer  uma  certa dose  forte  de fantasias.  O que talvez não seja  difícil  pra  uma pessoa  que levou  a  sua vida  inteira  sonhando... Transformando suas dores em alegrias.
Nada mata um amor que,  ,,Estará  em  cada  entardecer  através do olhar piegas do sol,

 esse  amor  guardado contrito não sai... Apenas se retrai por falta de espaço para ser.

                                    Liduina do Nascimento

 
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Enviado por Liduina do Nascimento em 04/01/2014
Reeditado em 08/06/2016
Código do texto: T4636574
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