Ela
Ela adorava o por do sol, gostava de escrever os seus pensamentos em cada cair de tarde, sentindo tantas coisas que não sabia explicar!! Talvez a angústia de existir.
Ela gostava de escrever sobre os seus anseios .
E em cada sonho se colocava como uma pessoa realizada...
Porém ela sabia sim da sua realidade. Sabia o tempo todo que no amor , na sua vida de um modo geral, as mesmices a deprimiam, por isso sonhava! Não podemos nos derramar, entregar a alma com veemência, pois quando a procuramos, cadê nós?
O amor era algo que deveria ficar guardado só pra ela mesmo.
Era um amor intenso aquele, que gostava de ousar e de tanto! Afogou-se nas nuvens e caiu no meio do mar.
A vontade de transformar os textos e os sonhos, em nada muda o que sentimos. Colocar-se como uma narradora das suas próprias dores, é um ato de coragem, nem sempre o que vivemos devemos colocar no papel porque rememorar é abraçar a saudade é sofrer duas vezes. Retratar as tardes tristes sem alegrias requer uma certa dose forte de fantasias. O que talvez não seja difícil pra uma pessoa que levou a sua vida inteira sonhando... Transformando suas dores em alegrias.
Nada mata um amor que, ,,Estará em cada entardecer através do olhar piegas do sol,
esse amor guardado contrito não sai... Apenas se retrai por falta de espaço para ser.
Liduina do Nascimento