ELA LIBERTAR-SE-Á
Senta perto
em frente
ao incerto
tenta absorver
o que quer ver
porque não
rasga-lhe um beijo
depenas suas
íntimas poesias
por baixo
desta armadura
dilacere
corpo
deixa unhas
dizerem
mais que palavras
doídas
mordidas
se sangrar
quer sangrar
então tente afastar
quer todo suco
mistura
de sua tenra
pele
modelo bruto
homem maduro
que dentro
fica sentado
esperando sua vez
penetrar seu sonho
penetrar-me irá
acontecer
quando entrar e ver
jogarei minha face
também feita
sob encomenda
perto do sofá
onde na sala
morrerei das
agruras
e dos outros.