ANTAGÔNICO!

Um rufar que passa lucente

Trombetas de dentro se expõe

Largo de um brilho, este olhar

Consumindo-se entre farta espera

Sem ter o deleite desejado

Aperta o imenso pesar do desejo

Ávido, lépido, afeito ao dia

Na onda que burla a maré

O trôpego coração ressoa

Mas não escutas o meu gritar

Que contundente expia Lua e estrelas

Vagando nesse circular desejo

Enquanto bons ventos não me tocam

De velas plenas até este Porto

Divago sobre teus infindos sabores

Atônito pela sua premente volúpia

Imerso em minhas duras premências

Da letra que buscas, quimeras

Entre castelos um friso no ar

Minha boca seca com tua ausência.

Na imensidão do mar sem poder tomar de tua água!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 30/08/2005
Código do texto: T46343
Classificação de conteúdo: seguro