ANTAGÔNICO!
Um rufar que passa lucente
Trombetas de dentro se expõe
Largo de um brilho, este olhar
Consumindo-se entre farta espera
Sem ter o deleite desejado
Aperta o imenso pesar do desejo
Ávido, lépido, afeito ao dia
Na onda que burla a maré
O trôpego coração ressoa
Mas não escutas o meu gritar
Que contundente expia Lua e estrelas
Vagando nesse circular desejo
Enquanto bons ventos não me tocam
De velas plenas até este Porto
Divago sobre teus infindos sabores
Atônito pela sua premente volúpia
Imerso em minhas duras premências
Da letra que buscas, quimeras
Entre castelos um friso no ar
Minha boca seca com tua ausência.
Na imensidão do mar sem poder tomar de tua água!
Peixão89