ÁGUIA
Como a águia decidida
subi o penhasco!...
O mais alto que pude, subi.
Agi!
Comecei,
como a águia, a retirada difícil
de cada pena envelhecida e feia.
Uma a uma biquei, com a força premente
da autoflagelação!
Como a águia, sangrei pelos poros agredidos.
Ergui os olhos em dor
e vi o mundo da minha necessidade!
Como a águia, arranquei cada unha encravada no meu ser
e vi, mais uma vez, o meu sangue escorrer.
Como a águia, contemplei-me nua, sem penas e sem garras!...
Aquietei-me, como a águia,
mas, diferente da águia, chorei.
E, como a águia, esperei!
Novas penas e novas garras nascerão em mim,
de mim,
para mim,
mas diferentes, com mais brilho e menos afiadas!
Como a águia, aguardo um novo amanhecer,
na solidão do penhasco,
que é companhia desejada!
Isso é crescer!
É renovação!
Para um voo maior ?!
Como a águia decidida
subi o penhasco!...
O mais alto que pude, subi.
Agi!
Comecei,
como a águia, a retirada difícil
de cada pena envelhecida e feia.
Uma a uma biquei, com a força premente
da autoflagelação!
Como a águia, sangrei pelos poros agredidos.
Ergui os olhos em dor
e vi o mundo da minha necessidade!
Como a águia, arranquei cada unha encravada no meu ser
e vi, mais uma vez, o meu sangue escorrer.
Como a águia, contemplei-me nua, sem penas e sem garras!...
Aquietei-me, como a águia,
mas, diferente da águia, chorei.
E, como a águia, esperei!
Novas penas e novas garras nascerão em mim,
de mim,
para mim,
mas diferentes, com mais brilho e menos afiadas!
Como a águia, aguardo um novo amanhecer,
na solidão do penhasco,
que é companhia desejada!
Isso é crescer!
É renovação!
Para um voo maior ?!