ALAZDE NANAR LER

ALAZDE NANAR LER

Alazde Nanar Ler veio ao vento,

Parecia um som familiar uivado,

Numa duna de areia num deserto,

Uma caravana passando ao longe,

A criança brincando com escorpião.

Alazde Nanar Ler uma mão infantil,

Pele escura numa mão tão pequena,

Veste que não é minha e o som,

Som com palavras que não entendo.

Alazde Nanar Ler a caravana continua,

Num ritmo lento e compassado,

Nada reconheço nem o calor

Nem conheço o meu corpo ao sol.

Alazde Nanar Ler o som é claro,

Tão claro como é a luz do sol,

Como o é o brilho na areia que cega,

Claro como o estar ali perdido.

Alazde Nanar Ler largo a vareta,

Corro em direção à caravana,

Ela está passando ou está indo?

Indo ou vindo não mais importa.

Alazde Nanar Ler o som vira cheiro

Algo doce que chega a enojar

Sinto vertigem Alazde Nanar Ler

Alazde Nanar Ler, Alazde Nanar Ler.

Acordo suado...

Respiro.

André Zanarella 21-12-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 02/01/2014
Código do texto: T4633277
Classificação de conteúdo: seguro