A MENINA DA JANELA

A MENINA DA JANELA

Mais um dia começa

A criança não tem pressa

Mas as obrigações também ocorrem na infância

E para a rotina há que ter constância

Lá ia ela para a escola

Aprender, fazer provas sem cola

Com os colegas conversar

E os exercícios, em aula, treinar

Acabava a obrigação

Mas ainda restava a lição

Feito tudo que restringia

Não mais existia a agonia

Agora era só brincar

Já passou a hora de estudar

Os amigos começavam a aparecer

Nas brincadeiras de criança se perder

Bicicleta, bola, boneca

Queimada, pular corda, peteca

Tudo isso se fazia

Na tarde que rápido se ia

Já era anoitecer

Obediência havia de ter

Por ordem materna, então

Era hora de enfrentar a solidão

Em casa, sozinha, o que restava

Era a única coisa que consolava

Ficar na janela olhando

Toda a criançada brincando

Ficava a olhar esperando

Com mais um dia sonhando

Para poder estar com os amigos

E esquecer dos prantos contidos

Assim era a vida da menina

Obediente, mas ressentida

Por não ter a oportunidade

De agir de acordo com sua idade

Infância partida.

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Alma Collins
Enviado por Alma Collins em 25/04/2007
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