NAS RUAS DA AMARGURA!
Correm-me as lágrimas no rosto dorido
Porque já não tenho pão para comer
Escasseia o dinheiro, já sinto o sofrer
O meu pensamento já anda perdido!
O que faço aqui em estéreis caminhos?
Tento e não consigo, a fome esquecer
Na noite ao luar, quando adormecer
Embalo o meu sono em cama de espinhos!
E num novo dia, sempre que acordar
`Inda tenho espr’ança que isto vá mudar
Para ver no sol a luz da alvura
Porquanto ando triste, pois já nada tenho
Nem sei pra onde vou, nem sei de onde venho
Apenas que vivo nas ruas…ditas da amargura!