NAS RUAS DA AMARGURA!

Correm-me as lágrimas no rosto dorido

Porque já não tenho pão para comer

Escasseia o dinheiro, já sinto o sofrer

O meu pensamento já anda perdido!

O que faço aqui em estéreis caminhos?

Tento e não consigo, a fome esquecer

Na noite ao luar, quando adormecer

Embalo o meu sono em cama de espinhos!

E num novo dia, sempre que acordar

`Inda tenho espr’ança que isto vá mudar

Para ver no sol a luz da alvura

Porquanto ando triste, pois já nada tenho

Nem sei pra onde vou, nem sei de onde venho

Apenas que vivo nas ruas…ditas da amargura!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 31/12/2013
Código do texto: T4631435
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