SIMILITUDE RELANCE FATAL
Onde ela senta
charme
entre os dedos
cigarro aceso
sofá couro preto
entre cantos
coloridos
flores de luzes
multicores
será meus sentidos
disperso que vejo
embebido também
de anseio
porque ela
me encara
dá pra ver
vistas tão sérias
miséria por fora
convite no ar
ninguém consola
espécime rara
isolada num vitral
de museu vulgar
terei acento
pra destacar
o que penso
sem convite mesmo
quero aceitar
provocar
como cruzas pernas
percebo agora
fez de novo
movimento
intenso veneno
sorri ligeiro
observa cinzeiro
me olha revesgueio
vou te matar
deixar-te na paz
dos meus desejos
masculino é uma presa
infinitude dos faróis
o que quer que seja
deseja fazer
por igual a nós
de forma repentina
levanta menos
a saia
deixa cair sozinha
pra que não veja
olhos dela abaixo
das minhas vistas
quando descubro
já estou rubro
calado
outro tom
de sua boca
me deixa lábios
sabendo de sua intenção.