Baú
Dos mares que venho
Tenho muita coisa pra contar.
As ondas, seus desenhos...
Os navegantes que ficaram por lá.
Há tanto verso
Pra pouco tempo.
Mas, se quer saber eu peço
Que escute o vento .
Ah, eu confesso,
Sou o lado da solidão.
Prefiro mares revoltos
Que a deprimente multidão.
Também não me agrada águas tranquilas.
Preciso de trovões e relâmpagos
E também de um frio na barriga.
Nos meus tumultos internos me tranco
Do mundo cheio de gente vazia.
O mar e eu, longe de toda calmaria.