Sede como um carvalho
Na selva torva, ao piar das corujas
Sob o lívido e soturno céu
As mãos de terra e natureza sujas
Contemplam o nascer das estrelas sob o véu
Um brado retumba, forte e visionário
Num coro sinistro de estridulação dos grilos
Mãe-Terra emana vida e opulência
Sob o céu constelado, ocaso ebrifestivo
A existência fugaz e fugitiva sopra
Como um zéfiro lânguido secando o orvalho
Do pó viestes, ao pó voltareis
Levai consigo a sabedoria de um carvalho