Sede como um carvalho

Na selva torva, ao piar das corujas

Sob o lívido e soturno céu

As mãos de terra e natureza sujas

Contemplam o nascer das estrelas sob o véu

Um brado retumba, forte e visionário

Num coro sinistro de estridulação dos grilos

Mãe-Terra emana vida e opulência

Sob o céu constelado, ocaso ebrifestivo

A existência fugaz e fugitiva sopra

Como um zéfiro lânguido secando o orvalho

Do pó viestes, ao pó voltareis

Levai consigo a sabedoria de um carvalho

UM VIKING DE ÓCULOS PERFIL DOIS
Enviado por UM VIKING DE ÓCULOS PERFIL DOIS em 29/12/2013
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