Raiva, vergonha e medo
Raiva, vergonha e medo
No andar, ainda por se equilibrar
Tudo pende a desabar
Os pilares dos sonhos,
Se inclinam sobre algumas ruínas
No erro que tira um pedaço
A quem é entregue o fardo
De errar, a quem o erro deve matar?
Raiva, primeiramente, aquilo que sente
Deformidade, covardia da mente
Muita maldade, sempre puxar
Para o mundo dos erros,
Ser feliz não pode durar, ser atento
Eis o verdadeiro segredo
Vigília a si, e se envergonhe
Mais nobre que a raiva
Embora só seja de valia, se quem receber
Ao lhe ver, sentir alegria, por reconhecer
Fora isso, segue o medo
O fim de tudo é um levedo
Uma estrada na beira de um rio
E o vazio, é onde descansas
Das inúmeras passadas erradas...