O POEMA PROCURA UMA VEREDA
Uma luz escassa bate nas vidraças,
ao longe uma imagem diáfana,
obscuros caminhos para o distante da mente;
o poema procura uma vereda.
Pessoas nas ruas, céu carregado de fuligem;
tempo parado, nenhuma aragem pelas árvores.
Agora é hoje para se pensar no ontem.
Criança alguma chorou até o momento.
No final da rua cães arruaceiros
põem desordem no sossego do dia;
o poema procura uma vereda.