Ah, esse teu sorriso


Ah, esse teu sorriso puro e cândido, vezes enigmático
Com que me retribuis a cada carícia que te presenteio,
Se te encontro perdida em meu peito, encontrado nos seios,
Onde me acolhes e me quedo vezes pensativo, sorumbático.

Quando se me mostra assim, como agora, tão casto e puro,
Enlevado neste momento por todo amor que dele emana,
Sorris zombeteira e me mostra teu outro lado bem sacana,
E me conduz pelos prados do amor, a cavalgarmos seguros.

Logo após, quando em momentos de inevitável dolência,
Quando exaustos, cândido, em sua manifestação angelical,
Deixando entrever os caninos, em pura expressão animal,
Tu te mostras de novo intensa, mesclada com a inocência.

E quando apresentas, então, enigmática, como Mona Lisa,
Com o discreto sorriso expresso nos lábios, como Da Vinci,
Eu te tomo no colo e ao invés de mais uma, gostaria de vinte,
E me perderia para sempre a ver teu sorriso, enquanto bisas.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 23/12/2013
Reeditado em 27/10/2016
Código do texto: T4623355
Classificação de conteúdo: seguro