NOS BRAÇOS DA NOITE
(Sócrates Di Lima)
Nos braços da Lua me deito,
Como um querubim,
Em véus de cristais em efeitos,
Derramo as saudades de mim.
Nos braços da noite o silêncio se estende,
Fecho os olhos na escuridão,
Do sem luar que a noite pende,
Sinto as caricias de tua mão.
Nos teus braços me recolho,
Deixo meu coração se encantar,
Longe de tudo eu olho,
O eu em saudades a suspirar.
Sinto então a brisa suavemente chegar,
Abraçar-me como quem abraça um filho,
Como quem abraça um amor sem esperar,
Depois de um dia sem brilho.
Ah! Que nos braços da noite te espero,
Çomo quem sonha um novo tempo de luz,
Mas é nos seus braços que eu quero,
Viver, ainda, tudo que me seduz.
Como nos braços da noite me encontro,
Quero encontrar-me nos braços teus....
Recolhendo todos os sentimentos me prostro,
E espero-te sem tempo e sem hora nos braços meus.