Doidices
Cansado da mesmice
Em correntes clichés
Contemplo o horizonte
Tão próximo da aurora
Do acaso
Do ocaso
De minha sanidade...
Rosas-andorinhas
Deslizam em sonhos,
Volteando suspiros,
Mesmo acordado...
E os poços de luz
Que jorram desejo
Rompendo nuvens
Extratosferas
Até serem refletidos
Nos seus belos olhos,
Preenchem meu vazio
Em morno aconchego...
E seu mundo gira.
E chega outra aurora.
E eu permaneço
Constante
No parapeito do abismo
Onde é meu lugar,
Admirando seus voos
Cada vez mais altos
Ao amplo desabrochar
Da sua feminilidade...
Cada vez mais rubra,
Cara vez mais bela,
Cada vez mais você...