PRAZER EM VÊ-LA

Quando estamos

sobre dois vales

nestes montes

querendo entrar

mata fechada

porque aberta

pede licença

por favor adentre

faça um caminho

sem volta

fique pra jantar

acenda fogueira

queime luar

frio gelado

que se sente

derrepente antes

novamente

que frequencia

incesante

crie uma dança

invente

uma fala

muda de lábios

que seus dedos

possam escrever

linhas curvas

indefinidas

a desbravar-me por dentro

que me acento

cavalo doma de potro

cordas em couro

amarrada cá esou

sem tempo

pêlos de sua pele

apelo arrepio

me enrosco

adagas me fere

febre alta

nestes vales

montes dois gumes

que descobre

mãos envelope

que rasgas aos dentes

pra ver

o que senti ao ler

o que você quer.