O SONO DOS DORMENTES
Dementes dormem os dormentes
Nos seios duros da estrada,
Ao alto, estrelas cadentes,
Caindo feito cascatas,
Na noite enluarada,
Lua branca só
e Mais nada,
Nem um ente
Na calçada,
Nem poema,
nem amada,
nem rimas,
Nem serenata,
Silencio profundo Presente,
onde
dormitam os dormentes
sob a noite enluarada,
nos trilhos rijos ,
trilhos duros
da estrada abandonada..