Deixei de ser poeta
Mesmo que continue a escrever poesias,
Odes e sonetos, hoje deixei de ser poeta,
Já não mais quero sê-lo, serei um asceta,
Vivendo só até o último de meus dias.
Já não mais quero permitir que me enleve,
Ao ver constrito o corpo da mulher amada,
Envolvido em meus versos, só embalada
Pelo sussurro da poesia que de mim flui, leve.
Por já não mais amar ou ser também amado,
Serei, de hoje em diante, somente um sacana,
A viver momentos, resumidos aos da cama,
A que me entregarei, para sempre dedicado.
A cada uma me entregarei, sugerindo ardente,
Mas que não espere de mim tamanha devoção
Cantando-a em versos puros de plena emoção
Como até o hoje o fiz, pura e ardorosamente.
Mesmo que continue a escrever poesias,
Odes e sonetos, hoje deixei de ser poeta,
Já não mais quero sê-lo, serei um asceta,
Vivendo só até o último de meus dias.
Já não mais quero permitir que me enleve,
Ao ver constrito o corpo da mulher amada,
Envolvido em meus versos, só embalada
Pelo sussurro da poesia que de mim flui, leve.
Por já não mais amar ou ser também amado,
Serei, de hoje em diante, somente um sacana,
A viver momentos, resumidos aos da cama,
A que me entregarei, para sempre dedicado.
A cada uma me entregarei, sugerindo ardente,
Mas que não espere de mim tamanha devoção
Cantando-a em versos puros de plena emoção
Como até o hoje o fiz, pura e ardorosamente.